Passei o dia td no hostel meio com sono, so q eu não conseguia dormir. Toda vez q eu deitava na cama dava vontade de sorrir e dançar "Paparamericano". De noite resolvi aceitar o convite do italiano pra jantar e depois fomos tomar uma. Ele começou a me contar a vida dele td. Só coisa louca, muito louca... mas eu não vou contar aki naum pra preservar a identidade do moço. Comecei a achar ele muito legal depois de td q ele me contou, eram coisas muito mirabolantes, uma aventura q eu queria muito ter vivido, mas eu continuava ali a ser eu mesma, sem nenhuma história revolucionária. Depois ele me pediu pra contar minha vida pra ele, eu contei e ele riu. Combinamos de sair tds juntos no dia 15 de novembro (véspera do meu aniversário) pra despedir e comemorar. Eu fiquei com muito medo dele ser um assasino ou um ladrão de órgãos q tava tentanu me enganar, mas eu naum sei pq não conseguia me afastar dele de jeito nenhum. Por desencargo de consciência eu disse pra ele q eu tava com muito medo dele, falei q tinha muitos amigos e muito familiares no Brasil q me amavam, pedi pra ele não me fazer nada de mal e ele riu. Eu disse q so ia acreditar em td historia depois q eu chegasse sã e salva em Atlanta. Aproveitei e mandei um e-mail pra flavia contando sobre td e dando os dados dele caso acontecesse alguma emergência. Eu disse pra ela não ficar nervosa mas naum adiantou.
Eu fui dormir e ele tbm. No outro dia acordei cedo e fui num lugar tipo mercado central de Cancun chamado mercado 28. Muito Belo Horizonte, muito legal! Comprei um chapeu pra mim, um negocim pra Caylie e outro pra Carla. Vim embora e logo fui pra praia. Sentei num beach club muito rycoh e chik, pedi várias corona e camarão frito, tipo milionária mesmo. Quando veio a conta, 55 dolares, eu falei q o garçon podia cobrar 60 e ficar com a gorjeta. Ele disse q não era suficiente me lembrando q eu sou muito pobre, dei 65 chorando, e vim embora.
Cheguei no hostel, tomei banho, fiquei linda e cheirosa pro meu cumple e fui jantar com o italiano. Depois do jantar fomos encontrar com a Jack, recepcionista do hostel, ela ia levar a gente pra conhecer uns lugares mais locais e menos tirísticos. Era segunda, pouca gente na rua, pouca coisa aberta, fomos pruma casa de tequila. Os dois fizeram uma surpresa pra mim. Quando deu meia noite chamaram o povo td do bar, com balões, chuva de papel picado e uma garrafa de tequila da minha predileta. Todo mundo ficou querendo me abraçar, eu tava muito feliz! Fiquei bêbada e com vontade de partir pro nightclub mais proximo... mas estavam tds fechados. A recepcionista deu idéia de ir pra casa de strip denovo. E confessou q ela gostava de ir nesses lugares pq ja tinha trabalhado numa casa de strip durante 3 anos na América pra pagar a faculdade. Ai ficou o italiano com a história mirabolante dele q incluia passaporte falso, a ex stripper e eu, q roubava livro paradidatico dos colegas no ensino fundamental e guardava o dinheiro q minha mãe me dava pra ir nas festinhas de 5 reais. (Mas eu so roubava dos malandrões, q compravam o livro e nunca iam ler mesmo).
Chegamos na casa de strip e encontramos o resto do pessoal do hostel, um deles era mexicano mas tava com a camisa do Brasil e fazia aniversario junto comigo. De repente eu vejo telão escrito assim "Feliz cumple Isai y Caty (Mundo Joven)"
Só pra lembrar, meu nome é Taty, mas o cara não entendeu. E ai ja tava eu, com 23 anos, aproveitando meu aniversário num club de strip e gostando muito do italiano maluco. Resolvemos ir embora pro hostel, ele disse que nunca tinha conhecido ninguém como eu, q gostaria muito de me acompanhar ao aeroporto no dia seguinte. Eu, ainda achando q ele era uma pessoa má tentando me enganar e roubar meus órgãos, disse q podia, mas na condição de q ao invés de irmos de taxi fossemos de autobus. Ele riu e aceitou a proposta.
No dia seguinte eu naum acordei com o meu despertador e, para variar, ia perder o vôo devoolta pra Atlanta, mas o meu Don Juan da Itália bateu na porta do quarto pra me acordar com um bombom ferrero rocher e um copo de suco de laranja. Sem medo de ser envenenada, comi e bebi, peguei as coisas rapidão e comecei a chorar de alegria. Era o meu aniversario, eu tava em Cancun sozinha e mesmo assim eu tava muito feliz. Senti falta da Flavia, senti saudades de Cancun. Paguei a conta e fui caminhando pra rodoviaria com o italiano. Ele comprou tacos e refrigerante pq eu naum tinha tomado café, novamente comi e bebi td sem medo de ser feliz, nisso começa a tocar
essa música e eu começo a zuar. No caminho do aeroporto ele me deu uma camisa de uma buatchy em Ibiza e um cartão de poker com o nome verdadeiro dele, me disse que quando eu fosse em Ibiza ou Amsterdã pra eu ligar pra ele sem falta. No aeroporto ele me entregou uma carta escrita em italiano e leu traduzindo pra espanhol, eu fiquei com vontade de rir e chorar, mas fiz cara de "nossa, que lindo!". Fiz o check-in enquanto ele foi comprar cigarro pra ele, depois ele chega com um isqueiro do bicentenário mexicano e um chaveiro com um golfinho escrito "cancun-méxico", bem souvenir mesmo.
Ele disse q me ligava, eu disse tchau...
Moral da história: talvez se Baggio tivesse acertado o penalti, eu acho q a Itália tinha até alguma chance, mas no fim das contas... deu Brasil mesmo.
3 comentários:
HAHAHA
Que delícia de viagem, hein amiga! rs
Achei super digno você comemorar seu niver em uma boate de strip!
Simplismente... eu queroo italiano p/ mim!!!
Postar um comentário