terça-feira, 30 de novembro de 2010

Viva México 4 - Final da copa de 94

Passei o dia td no hostel meio com sono, so q eu não conseguia dormir. Toda vez q eu deitava na cama dava vontade de sorrir e dançar "Paparamericano". De noite resolvi aceitar o convite do italiano pra jantar e depois fomos tomar uma. Ele começou a me contar a vida dele td. Só coisa louca, muito louca... mas eu não vou contar aki naum pra preservar a identidade do moço. Comecei a achar ele muito legal depois de td q ele me contou, eram coisas muito mirabolantes, uma aventura q eu queria muito ter vivido, mas eu continuava ali a ser eu mesma, sem nenhuma história revolucionária. Depois ele me pediu pra contar minha vida pra ele, eu contei e ele riu. Combinamos de sair tds juntos no dia 15 de novembro (véspera do meu aniversário) pra despedir e comemorar. Eu fiquei com muito medo dele ser um assasino ou um ladrão de órgãos q tava tentanu me enganar, mas eu naum sei pq não conseguia me afastar dele de jeito nenhum. Por desencargo de consciência eu disse pra ele q eu tava com muito medo dele, falei q tinha muitos amigos e muito familiares no Brasil q me amavam, pedi pra ele não me fazer nada de mal e ele riu. Eu disse q so ia acreditar em td historia depois q eu chegasse sã e salva em Atlanta. Aproveitei e mandei um e-mail pra flavia contando sobre td e dando os dados dele caso acontecesse alguma emergência. Eu disse pra ela não ficar nervosa mas naum adiantou.
Eu fui dormir e ele tbm. No outro dia acordei cedo e fui num lugar tipo mercado central de Cancun chamado mercado 28. Muito Belo Horizonte, muito legal! Comprei um chapeu pra mim, um negocim pra Caylie e outro pra Carla. Vim embora e logo fui pra praia. Sentei num beach club muito rycoh e chik, pedi várias corona e camarão frito, tipo milionária mesmo. Quando veio a conta, 55 dolares, eu falei q o garçon podia cobrar 60 e ficar com a gorjeta. Ele disse q não era suficiente me lembrando q eu sou muito pobre, dei 65 chorando, e vim embora.
Cheguei no hostel, tomei banho, fiquei linda e cheirosa pro meu cumple e fui jantar com o italiano. Depois do jantar fomos encontrar com a Jack, recepcionista do hostel, ela ia levar a gente pra conhecer uns lugares mais locais e menos tirísticos. Era segunda, pouca gente na rua, pouca coisa aberta, fomos pruma casa de tequila. Os dois fizeram uma surpresa pra mim. Quando deu meia noite chamaram o povo td do bar, com balões, chuva de papel picado e uma garrafa de tequila da minha predileta. Todo mundo ficou querendo me abraçar, eu tava muito feliz! Fiquei bêbada e com vontade de partir pro nightclub mais proximo... mas estavam tds fechados. A recepcionista deu idéia de ir pra casa de strip denovo. E confessou q ela gostava de ir nesses lugares pq ja tinha trabalhado numa casa de strip durante 3 anos na América pra pagar a faculdade. Ai ficou o italiano com a história mirabolante dele q incluia passaporte falso, a ex stripper e eu, q roubava livro paradidatico dos colegas no ensino fundamental e guardava o dinheiro q minha mãe me dava pra ir nas festinhas de 5 reais. (Mas eu so roubava dos malandrões, q compravam o livro e nunca iam ler mesmo).
Chegamos na casa de strip e encontramos o resto do pessoal do hostel, um deles era mexicano mas tava com a camisa do Brasil e fazia aniversario junto comigo. De repente eu vejo telão escrito assim "Feliz cumple Isai y Caty (Mundo Joven)"
Só pra lembrar, meu nome é Taty, mas o cara não entendeu. E ai ja tava eu, com 23 anos, aproveitando meu aniversário num club de strip e gostando muito do italiano maluco. Resolvemos ir embora pro hostel, ele disse que nunca tinha conhecido ninguém como eu, q gostaria muito de me acompanhar ao aeroporto no dia seguinte. Eu, ainda achando q ele era uma pessoa má tentando me enganar e roubar meus órgãos, disse q podia, mas na condição de q ao invés de irmos de taxi fossemos de autobus. Ele riu e aceitou a proposta.
No dia seguinte eu naum acordei com o meu despertador e, para variar, ia perder o vôo devoolta pra Atlanta, mas o meu Don Juan da Itália bateu na porta do quarto pra me acordar com um bombom ferrero rocher e um copo de suco de laranja. Sem medo de ser envenenada, comi e bebi, peguei as coisas rapidão e comecei a chorar de alegria. Era o meu aniversario, eu tava em Cancun sozinha e mesmo assim eu tava muito feliz. Senti falta da Flavia, senti saudades de Cancun. Paguei a conta e fui caminhando pra rodoviaria com o italiano. Ele comprou tacos e refrigerante pq eu naum tinha tomado café, novamente comi e bebi td sem medo de ser feliz, nisso começa a tocar essa música e eu começo a zuar. No caminho do aeroporto ele me deu uma camisa de uma buatchy em Ibiza e um cartão de poker com o nome verdadeiro dele, me disse que quando eu fosse em Ibiza ou Amsterdã pra eu ligar pra ele sem falta. No aeroporto ele me entregou uma carta escrita em italiano e leu traduzindo pra espanhol, eu fiquei com vontade de rir e chorar, mas fiz cara de "nossa, que lindo!". Fiz o check-in enquanto ele foi comprar cigarro pra ele, depois ele chega com um isqueiro do bicentenário mexicano e um chaveiro com um golfinho escrito "cancun-méxico", bem souvenir mesmo.
Ele disse q me ligava, eu disse tchau...
Moral da história: talvez se Baggio tivesse acertado o penalti, eu acho q a Itália tinha até alguma chance, mas no fim das contas... deu Brasil mesmo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Viva México! 3 - A Rosa de Tulum

Acordei nova no outro dia, juntei minhas malinhas rapidinho e ja fui caminhando pé por pé pro italiano naum me ver e querer ir atras de mim. Minha programação era ir pruma outra cidadezinha, tipo itaúnas, ha mais ou menos 2 horas de Cancun, a fofa se chamava Tulum. Quando penso q to sainu de fuga do hostel, vem o italiano entrando falando q tinha gostado muito de mim, q poderiamos sair juntos... e tal... e eu disse q ja estava de saida pra tulum e q voltava amanha, e a gente podia conversar. Ele pediu pra eu mandar um recadinho no facebook caso quisesse fazer alguma coisa... eu disse q mandaria sim. To bem na rodoviaria, com a minha perna roxa e minha bolsa da pink esperando o onibus, e quem aparece... O ITALIANO! Ate ai td bem, pq eu tava cheia de paciência... foda foi quando ele tirou as maos das costas me oferecendo um botão de rosa vermelha.
Quem me conhece sabe q eu sou muito transparente, e tbm sabe q eu naum sou mulher, e muito menos mulher de ganhar rosas. Fiz uma cara de "Grata, Tatchyanny, mas estou achando isso td muito estranho" e ele ficou td sem graça tadinho. Entrei denduonibus e fui feliz. Assisti alvim e os esquilos em espanhol e comprovei q sou quase poliglota.
Cheguei em Tulum, tirei meus guias e anotações da bolsa e pedi informação pra chegar no hostel. Quando eu cheguei no hostel dei uma baqueada sabe... eu ja sabia q era um hostel bem rustico, locao e tal... mas pra quem fica no Hostel Mundo Joven é demais ir pro hostel que eu cismei de ficar em Tulum. Beleza! Ta no inferno, abraça o capeta. Deixei minhas coisas no locker e logo fui procurando a praia, o sol, a luz e a lindeza q eu mereço. Quando cheguei na praia descobri q tinha pouco dinheiro e q tinha deixado o cartao no hostel tbm... tinha duas opçoes, almoçar ou tomar cerveja. E claro q eu optei por almoçar. (mentira). Tomei umas quatro cervejas, caminhei na praia, conversei com Deus, com a flavia, cantei "avisa" do falamansa, criei um monte de historias, e fiquei imaginando q ia encontrar alguem conhecido por ali q eu naum via ha anos... Tipo um amigo da quinta serie, alguem q estudou comigo no julia... sei la. Mas nao encontrei ninguem, aliás, encontrei, a mim mesma. Isso é cliche mas é muito legal.
Deu a hora de ir embora, fiquei no ponto esperando o ônibus e um individuo muito parecido com o bob marley na versão galega se aproximou. O cara era um fofo, mesmo com a cabeleira dredlock e uma barbicha q media 10 dedos. O olho era verdim, verdim, e o cabelo lorim. Tava com uma cerveja na mao e um cigarro. Comecei a falar em espanhol com ele e ele logo me disse q naum sabia falar. Passamos pro ingles. Ele era alemão, me ofereceu cerveja e cigarro. Aceitei a cerveja e contrariei o pedido do meu pai e da flavia de naum aceitar bebida de estranhos. Comecamos a falar da vida, ele era hippie... Tipo esses doidões q sempre tiveram muita grana, era engenheiro civil, trabalhava pro governo alemao, depois surtou e abandonou os bem materiais. Agora anda no mundo por conta propria, fazendo trabalho voluntario e mexendo com coisas pra fazer casas dessas q naum tem plastico, q sao boas pro meio ambiente. Ele tava ha 4 meses no mexico, mas ja tinha ficado um tempo na india, alguns dias na casa do carai, uma temporada na puta q pariu e e outra no inferno. Eu, como sempre no mesmo papinho, sou au pair, brasileira, vivo na america e só conheco os eua, brasil e agora mexico. O ônibus chegou. Ele sentou junto comigo e a gente foi conversando. Chegou no hostel, a gente tava hospedado no mesmo. Ai eu disse pra ele... "eu vou no meu quarto tomar um banho, depois a gente toma uma"... e ele disse tbm ia tomar banho e a gente se via... Blz! Comecamos a caminhar em direcao ao quarto e ele tava no mesmo quarto q eu... Ja achei isso super esquisito... De repente entra um cara do irã, malucao e entrosado. Ja pensei "eu é q naum vou dormir nesse quarto". Tomei meu banho, coloquei um vestido fofo e sai do hostel pra comer alguma coisa. Quando eu voltei, o bar do hostel tava lotado, mas so malucao, malucao mesmo... Pensei denovo "ta no inferno, abraça o capeta" ja sentei, pedi uma cerveja e comecei a desembolar com td mundo. Tinha gente da Etiopia, França, Inglaterra, Belgica, Alemanha... td quanto e lugar! Eu era a mais nova, mais deslumbrada e menos experiente. 100% deles fumavam cigarro normal, 99,8% fumava maconha (eu sou a parte dos 0,2%). Naum sei pq mas o pessoal gostou de mim, e me convidaram pra assistir uma luta de box num bar local. Animei! Subi pro quarto, passei prancha so na franja e um poquim de blush. Ja tava quase decidido q eu era hippie. Desci e fiquei conversando com uma tiazona locona de 60 anos, da Belgica... Ela enrolou um cigarro muito louco pra mim de uma coisa q eu nunca tinha visto na vida, e comecou a me contar da vida dela. Ela disse muita coisa, mas o q ela falou de mais legal foi que a unica coisa q vc precisa pra viajar é do seu coração, é de vc mesmo. Ela falou q tava orgulhosa de mim, q me admirava... Naum sei se foi o cigarro... mas ela falou! E eu decidi ali mesmo, deixaria a prancha, a maquiagem, a america, o turismo e ia convidar a flavia pra ser hippie comigo, pq a fla eu naum deixo!
Td mundo pronto, vamu pro bar assistir a luta. Logo me encantei pelo dono do bar, um frances q ja tava me olhando desde o principio. A gente ficou falando da luta, e apostamos dinheiro em quem ganharia (aprendi como fala "aposta" em ingles). Eu apostei no filipino e ele no mexicano. Eu ganhei, claro! O bob marley loro me convidou pra ir prum night club, eu naum queria ir, mas acabei aceitando... fomos em 3 boates e depois voltamos pro bar do frances. O bob foi embora e eu fiquei batenu papo com o fofo e bebenu. O bar tava quase fechanu, ele pediu preu naum ir embora, eu aceitei ficar. Ele naum me cobrou a conta e me convidou pra ir prum after party com o resto do pessoal do hostel. Eu animei. Cheguei no after e tava pessimo, so tinha rum, coca cola e maconha. Mesmo assim fiquei la ate 6 e meia da manha, conversanu com ele. As baranga mexicana tava td puta, com ciuminho. Eu finginu q naum tava nem vendo. Decidi ir embora, naum peguei o frances, acho q ele tava esperando q eu chegasse nele, e eu naum fiz isso.
Cheguei no hostel as sete, desisti de ser hippie, peguei minhas coisas no quarto e peguei o onibus das sete e meia devolta pra cancun...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Viva Mexico! 2

Ouvi essa musica no mexico e acho q é uma boa trilha pra esse post.
Acordei as 6 da manha com cara de turismologa q gosta de coisas culturais, arrumei e fui pra rodoviaria, viagem pruma uma cidadezinha chamada Chichen Itzá. É uma cidade maya, so tem ruinas, naum tinha praia. E la fui eu! Tres horas de autobus. Quando eu cheguei la, era tipo um parque fechado, sabe. Cheio de construcoes e ruínas maias. É legal, interessante, diferente de td q ja vi... mas naum valia ficar 3 horas dentro do onibus pra ir. E depois eu tive q ficar la mo tempao pq o onibus de volta saia tarde... naum tinha nada pra fazer, so turista q fica em resort... Quase ninguem interessante. Eu armei minha propria barca furada.
Ah, mas td bem, deu a hora de voltar pro hostel e eu ja fiquei toda felizinha... quando cheguei ja fui pro bar pra ver se tinha alguem interessante novo no pedaço.
E tinha!
A cena era a seguinte: eu com camisa do brasil e ele com a camisa da italia. Ele tomando cerveja e eu tomando margarita. A gente logo começou a conversar... ele contando tds os lugares q conhecia no Brasil e no mundo... E eu contando tds os lugares q eu ja tinha ido na italia. Depois chegou um casal de ingleses fofos. E a gente ficou falando sobre cerveja... eles me adoraram... Mas so q como eu tava muito cansada fui dormir.
Acordei no outro dia com cara de rycah e decidi q ia fazer um passeio para turistas... pq eu queria ver, queria experimentar. Olha so o q q tava incluso nesse passeio, era um barco q ia ate uma ilha a 9 km de cancun. Saia as 10 da manha tinha cafe da manha, open bar dentro do barco, parada pra almoço, open bar, mergulho, bebida liberada, voar num trem esquisito tipo paraquedas e o barco te puxanu, open bar dentro do barco, descida na ilha para fazer compras e open bar dentro do barco... 60 dolares, pensei em td q estava incluso e decidi ir. No barco q eu tava so tinha casal em lua de mel. Como eu ja tinha pago o montante decidi q iria me manter embriagada o tempo td e q caso naum tivesse ninguem interessante, eu mesmo faria a minha festa. Acho q de certa forma isso funcionou pq quando chegou a hora de descer na ilha pra fazer compras eu disse, vou ficar aki no barco bebendo... e fui feliz e bêbada. Caso queira assistir uma parte disso clique aki.
Sai do barco e enquanto tds as pessoas caminhavam para seus resorts eu caminhava para o ponto de autobus. Cheguei no hostel e ja logo peguei tds as informações pra ir na cocobongo sozinha. Quando eu cheguei no bar do hostel ja vi o italiano e comecei a tomar uma com ele, chamei ele pra ir comigo. Nisso veio o seguranca do hostel q tbm animou, tres meninas do meu quarto, uma lockona da inglaterra e a recepcionista do hostel. Dei uma parada na cerveja, tomei uma pilula de cafeina (pq eu tava muito cansada), coloquei um vestido charmoso e maquiagem fatal. Fiquei bebenu com o italiano. Chegaram os dois taxi pra levar td mundo e la vamos nos!
Foi so eu chegar na porta da boate, naum me pergunta pq, vem um mexicano oferecendo como se estivesse vendenu banana:"cocaínaaaaaaa, marijuanaaaaaaaaaaaaaa!" Eu olhei, comecei a rachar os bico, mas naum comprei, por dois motivos: primeiro q eu so tinha cartão de debito, segundo q eu naum curto drogas. Entramos pra buatchy! Coisa assim... de outro mundo, igualzinho las vegas (eu nunca fui em Las Vegas). Era open bar, td em cancun é open bar... ja cheguei pedinu a tequila da mais cara e da melhor... Q tbm naum estava inclusa no open bar. Mudei para uma q estava inclusa... comecei a assistir os shows. O italiano pagou um garçon so pra trazer bebida pra gente... Depois pagou uma tequileira pra ficar me dando shot... resultado: eu fiquei muito bebada e ele comecou a me querer. Fomos pra fora da buatchi e ficamos conversando sobre a nossa vida por cerca de 2 horas. Ele me adorou mais ainda...
Ja tava na hora de ir embora, td mundo ja tinha ido e so sobrou eu, o italiano, a recepcionista e o seguranca. Pegamos um taxi devolta. Quando chega na porta do hostel a recepcionista diz: Vaum no club de strip... e vai td mundo pro clube de strip do lado do hostel.Eu ja naum tava em condicoes de reparar em nada, mas me lembro muito bem q fiquei com vontade de trabalhar no clube, é claro. Naum pedi emprego, acabei voltando pro hostel e fiu dormir.
O italiano me acordou batendo nna porta do meu quarto as 3 da tarde pra me alertar q a nossa noitada tinha resultado na demissão de dois funcionarios do hostel. Um deles ficou tao asloka q dormiu com a chave do hostel dentro do restaurante ate as 9 da manha, ninguem entrava e ninguem saia. O outro eu nem lembro dele... Mesmo assim fiquei sentida.
Passei o dia todo de ressaca, o italiano me convidou pra almocar com ele, e começou a sugerir q saissimos juntos e tal... ele tava querenu namorar, e eu tava querenu curtir minha viagem sozinha. Ele percebeu, eu fiquei de falar com ele depois. Passei o dia td no hostel e de noite comecei a escrever Viva México 1, depois vomitei o almoço chiquerrimo q o italiano pagou. Tomei cerca de 7 comprimidos pra ressaca e fui dormir.ZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZ

sábado, 13 de novembro de 2010

Viva Mexico!

Holla chicos y chicas de mi Brasil. Conforme combinamos vos falo diretamente de Cacun no Mexico. Antes q vcs pensem q aki ta chato e q eu ate tenho tempo pra entrar na internet, ja vos adianto, to de ressaca, ja vomitei tres vezes e se eu olhar pruma garrafa de cerveja eu vomito a quarta. Ta foda, to ficanu velha. Mas deixa eu contar proces come q ta sendo essa minha aventura de mochileira.
Entao, sai de Atlanta na segunda de manha e cheguei em Cancun por volta de 11 horass. Eu tava com muito medo pq eu nunca viajei sozinha locona assim. Liguei pra flavia dando tipo um adeus, caso eu naum sobrevivesse, e juro q fiquei com muita vontade de chorar. Depois eu pensei bem, dei um sorrisinho e falei: "vc ta inu pra Cancun, minha filha". Desci do aviao e placas de propagando do governo mexicano ja me alertavam: "bienvindo ao paraiso" tipo isso. Logo na alfandega ja senti o calor humano q ha seis meses eu naum via na America. Pessoas se cumprimentando com abracos e beijos no aeroporto, a moca da alfandega me chamando de Tati, falando informalmente, educada... Depois fui na informacao turistica do governo tbm. O fofo q trabalha la me deu um mapa e me explicou como eu fazia pra chegar no hostel, me chamou de guapa e ainda me ofereceu massagem grats, claro q eu disse "naum, gracias". Cheguei no centro de Cancun... E muito parecido com o Brasil. As pessoas buzinam quando passa mulher bonita, carros com janelas abertas, lugares sem ar condicionado, propaganda no sinal, gente vendenu coisa no sinal... q saudade dessas coisas. Fui no banco pra trocar dolares por pesos. Troquei 230 dolares deu mais ou menos 2600 pesos. Eu sou muito rycah aki. Coloquei meus pesos dentro de um saquinho na calcinha, e sai com meu mochilao pelas ruas procurando o hostel. Naum tava conseguindo achar e na primeira tentativa de perguntar alguma coisa em espanhol o cara ja me perguntou de cara: "do you speak english"... E muito curioso como td mundo aki fala ingles... motorista de onibus, taxista, garcon, a moca da limpeza, traficante de drogas... td mundo. Eu acho isso legal, mas fico sem praticar o meu maravilhoso espanhol.
No caminho para o hostel eu cansei, minha mochila tava muito pesada e acabei decidindo ficar no primeiro hostel q vi na frente. Chama Mundo Joven. Ja fiquei toda animadinha pensando no tanto de gatinho jovem locao, de sunga vindo de partes do mundo estranhas como Indonesia, Papua Nova Guine, Guiana Francesa, Bali ou, se eu fosse muito sortuda, Brasil. Troquei de roupa e fui comer alguma coisa. Comi um trem com feijao dentro, feijao de verdade, cozido na panela de pressao e tal... Minha viagem ja tinha valido pelo feijao, quando o garcon me oferece uma margarita de cortesia. Ai eu pensei: "eu naum te disse q seria bom"
Voltei pro hostel pus um biquini fio dental, fiquei na jacuzzi (afinal de contas eu sou rycah e gentchy rycah adora jacuzzi). Decidi tomar a primeira cerveja, no hostel vendem litrao de corona pelo equivalente ha 3 dolares. Estava decidido que seria divertido. Chegou um gostoso do canada e comecamos a conversar. A flavia ia morrer, foi muito igual porto seguro. Depois chegou um casal da australia, a gente tomou uma juntos tbm e eu decidi me banhar pra ver qual que era a da nightlife. Fiquei limpa, maquiada e cheirosa e subi pro bar do hostel denovo pra mais corona de um litro. Conheci um argentino, um mexicano e um alemao... Ficamos conversanu a noite toda e tomanu cerveja. O alemao me paquerou ate, mas eu naum peguei. Eu naum sei pq mas eu descobri q faco muito sucesso entre os europeus, eu acho isso de uma elegancia q vcs naum imaginam. Fui dormir.
No outro dia acordei e fiquei conversando com os canadenses, eu naum sei come q cabe tanta lindeza e olho azul em uma pessoa so sabe... Eles tavam indo pruma cidade vizinha mais alternativa e me convidaram pra ir com eles. Quando eu ja tava levantanu pra arrumar minhas coisas eles explicaram q iam dormir na praia e q eu precisava de um saco de dormir. Eu perdi meu saco de dormir no carnaval de 2006 em diamantina e naum comprei outro. Acabei naum indo com eles. Fui pra pra praia sozinha. Fiquei tomando cerveja e pedi um peixe frito.. Acho q esse foi o momento auge da minha riqueza na minha vida inteira: comer peixe frito e cerveja numa praia em Cancun. O mar e incrivel... e azulzinho mesmo, tipo os olhos do canadense. Mas eles naum tem muita natureza verde nas praias como a gente tem no Brasa.
Voltei pra casa, jantei, tomei varias margaritas e fui dormir faleiz no meu quarto. Como tava planejando viajar pruma cidadezinha maya no dia seguinte, resolvi dormi cedo e seguir os conselhos do meu pai de naum estravazar.
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