segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Viva México! 3 - A Rosa de Tulum

Acordei nova no outro dia, juntei minhas malinhas rapidinho e ja fui caminhando pé por pé pro italiano naum me ver e querer ir atras de mim. Minha programação era ir pruma outra cidadezinha, tipo itaúnas, ha mais ou menos 2 horas de Cancun, a fofa se chamava Tulum. Quando penso q to sainu de fuga do hostel, vem o italiano entrando falando q tinha gostado muito de mim, q poderiamos sair juntos... e tal... e eu disse q ja estava de saida pra tulum e q voltava amanha, e a gente podia conversar. Ele pediu pra eu mandar um recadinho no facebook caso quisesse fazer alguma coisa... eu disse q mandaria sim. To bem na rodoviaria, com a minha perna roxa e minha bolsa da pink esperando o onibus, e quem aparece... O ITALIANO! Ate ai td bem, pq eu tava cheia de paciência... foda foi quando ele tirou as maos das costas me oferecendo um botão de rosa vermelha.
Quem me conhece sabe q eu sou muito transparente, e tbm sabe q eu naum sou mulher, e muito menos mulher de ganhar rosas. Fiz uma cara de "Grata, Tatchyanny, mas estou achando isso td muito estranho" e ele ficou td sem graça tadinho. Entrei denduonibus e fui feliz. Assisti alvim e os esquilos em espanhol e comprovei q sou quase poliglota.
Cheguei em Tulum, tirei meus guias e anotações da bolsa e pedi informação pra chegar no hostel. Quando eu cheguei no hostel dei uma baqueada sabe... eu ja sabia q era um hostel bem rustico, locao e tal... mas pra quem fica no Hostel Mundo Joven é demais ir pro hostel que eu cismei de ficar em Tulum. Beleza! Ta no inferno, abraça o capeta. Deixei minhas coisas no locker e logo fui procurando a praia, o sol, a luz e a lindeza q eu mereço. Quando cheguei na praia descobri q tinha pouco dinheiro e q tinha deixado o cartao no hostel tbm... tinha duas opçoes, almoçar ou tomar cerveja. E claro q eu optei por almoçar. (mentira). Tomei umas quatro cervejas, caminhei na praia, conversei com Deus, com a flavia, cantei "avisa" do falamansa, criei um monte de historias, e fiquei imaginando q ia encontrar alguem conhecido por ali q eu naum via ha anos... Tipo um amigo da quinta serie, alguem q estudou comigo no julia... sei la. Mas nao encontrei ninguem, aliás, encontrei, a mim mesma. Isso é cliche mas é muito legal.
Deu a hora de ir embora, fiquei no ponto esperando o ônibus e um individuo muito parecido com o bob marley na versão galega se aproximou. O cara era um fofo, mesmo com a cabeleira dredlock e uma barbicha q media 10 dedos. O olho era verdim, verdim, e o cabelo lorim. Tava com uma cerveja na mao e um cigarro. Comecei a falar em espanhol com ele e ele logo me disse q naum sabia falar. Passamos pro ingles. Ele era alemão, me ofereceu cerveja e cigarro. Aceitei a cerveja e contrariei o pedido do meu pai e da flavia de naum aceitar bebida de estranhos. Comecamos a falar da vida, ele era hippie... Tipo esses doidões q sempre tiveram muita grana, era engenheiro civil, trabalhava pro governo alemao, depois surtou e abandonou os bem materiais. Agora anda no mundo por conta propria, fazendo trabalho voluntario e mexendo com coisas pra fazer casas dessas q naum tem plastico, q sao boas pro meio ambiente. Ele tava ha 4 meses no mexico, mas ja tinha ficado um tempo na india, alguns dias na casa do carai, uma temporada na puta q pariu e e outra no inferno. Eu, como sempre no mesmo papinho, sou au pair, brasileira, vivo na america e só conheco os eua, brasil e agora mexico. O ônibus chegou. Ele sentou junto comigo e a gente foi conversando. Chegou no hostel, a gente tava hospedado no mesmo. Ai eu disse pra ele... "eu vou no meu quarto tomar um banho, depois a gente toma uma"... e ele disse tbm ia tomar banho e a gente se via... Blz! Comecamos a caminhar em direcao ao quarto e ele tava no mesmo quarto q eu... Ja achei isso super esquisito... De repente entra um cara do irã, malucao e entrosado. Ja pensei "eu é q naum vou dormir nesse quarto". Tomei meu banho, coloquei um vestido fofo e sai do hostel pra comer alguma coisa. Quando eu voltei, o bar do hostel tava lotado, mas so malucao, malucao mesmo... Pensei denovo "ta no inferno, abraça o capeta" ja sentei, pedi uma cerveja e comecei a desembolar com td mundo. Tinha gente da Etiopia, França, Inglaterra, Belgica, Alemanha... td quanto e lugar! Eu era a mais nova, mais deslumbrada e menos experiente. 100% deles fumavam cigarro normal, 99,8% fumava maconha (eu sou a parte dos 0,2%). Naum sei pq mas o pessoal gostou de mim, e me convidaram pra assistir uma luta de box num bar local. Animei! Subi pro quarto, passei prancha so na franja e um poquim de blush. Ja tava quase decidido q eu era hippie. Desci e fiquei conversando com uma tiazona locona de 60 anos, da Belgica... Ela enrolou um cigarro muito louco pra mim de uma coisa q eu nunca tinha visto na vida, e comecou a me contar da vida dela. Ela disse muita coisa, mas o q ela falou de mais legal foi que a unica coisa q vc precisa pra viajar é do seu coração, é de vc mesmo. Ela falou q tava orgulhosa de mim, q me admirava... Naum sei se foi o cigarro... mas ela falou! E eu decidi ali mesmo, deixaria a prancha, a maquiagem, a america, o turismo e ia convidar a flavia pra ser hippie comigo, pq a fla eu naum deixo!
Td mundo pronto, vamu pro bar assistir a luta. Logo me encantei pelo dono do bar, um frances q ja tava me olhando desde o principio. A gente ficou falando da luta, e apostamos dinheiro em quem ganharia (aprendi como fala "aposta" em ingles). Eu apostei no filipino e ele no mexicano. Eu ganhei, claro! O bob marley loro me convidou pra ir prum night club, eu naum queria ir, mas acabei aceitando... fomos em 3 boates e depois voltamos pro bar do frances. O bob foi embora e eu fiquei batenu papo com o fofo e bebenu. O bar tava quase fechanu, ele pediu preu naum ir embora, eu aceitei ficar. Ele naum me cobrou a conta e me convidou pra ir prum after party com o resto do pessoal do hostel. Eu animei. Cheguei no after e tava pessimo, so tinha rum, coca cola e maconha. Mesmo assim fiquei la ate 6 e meia da manha, conversanu com ele. As baranga mexicana tava td puta, com ciuminho. Eu finginu q naum tava nem vendo. Decidi ir embora, naum peguei o frances, acho q ele tava esperando q eu chegasse nele, e eu naum fiz isso.
Cheguei no hostel as sete, desisti de ser hippie, peguei minhas coisas no quarto e peguei o onibus das sete e meia devolta pra cancun...

2 comentários:

Maira Costa disse...

AAAI, que legal conversar com gente de tanto lugar diferente! Sempre tem muita coisa pra falar, né...
Continue postando, tem que tirar o atraso (=

Saudade demais da sua pessoa!
Beijo, orgulho meu.

Thiago Loyola disse...

Não entendi a parte "Não sou mulher". É o que então? Travesti?